sábado, 26 de novembro de 2016

Racismo no Brasil X Democracia racial

                                                                                                   Autores:     Daniele Negreiros

Edeildes Santos

Emile Santos

João Paulo Teixeira

Lucas Souza

“O racismo é a prova do quanto ainda somos primitivos.” (César Jihad).

RESUMO
Vivemos um mito no Brasil no qual se diz que não se existe mais racismo ou discriminações, e que a grande maioria da sociedade não tem nenhum tipo de pensamento racista. Nesse artigo teremos de forma dinâmica e de fácil entendimento, informações que nos mostram que essa realidade da existência da democracia racial está muito longe de ser alcançada, como essas ações prejudicam a população que sofrem ou já sofreram algum tipo de racismo, e como chegar a alguma solução ou amenização deste problema social que agrava não só o Brasil, mas como todo o globo.

Palavras chave- Racismo. Desigualdade. Preconceito. Preconceito de cor.

ABSTRACT
We live a myth in Brazil in which it is said that there is no more racism or discrimination, and that the great majority of society does not have any kind of racist thinking. In this article we will have a dynamic and easily understood information that shows us that this reality is very far from being achieved, as these actions physically and mentally harm people who suffer or have already suffered some kind of racism, and how to come to some solution or Mitigation of this social problem that aggravates not only Brazil, but also the whole globe.

Key worlds- Racism. Inequality. Preconception. Race prejudice.

1.Introdução
Ao decorrer da história, infelizmente tivemos que vivenciar uma desigualdade racial ao redor do mundo. Essa desigualdade surge através da falta de conhecimento tida por muitos, que achavam que os negros eram inferiores simplesmente pela diferença da cor da pele. Mas esse problema ainda não acabou na nossa sociedade, melhor dizendo, aqui no Brasil. Apesar de muita coisa ter sido conquistada pelos negros, ainda há muito a se fazer.
O racismo que se cria na mente das pessoas pode-se vir de diferentes formas. Desde a criação do indivíduo, ou até mesmo pode ser adquirida por ações alheias que os levam a ter este pensamento. Existem muitos aspectos que influenciam a pessoa mal conscientizada a ter racismo. Podemos falar por exemplo, da questão religiosa, já que os africanos que foram trazidos pra cá tinham crenças diferentes dos brancos. Assim se cria uma discriminação religiosa e cultural que só propaga no pensamento dessas pessoas a discriminação racial. Indo a fundo em pesquisas e dados, pode-se facilmente obter uma noção do quanto isso agrava o nosso cotidiano, e como ainda essa situação passa despercebido pela sociedade.

2. O racismo no Brasil ainda é presente
No mundo é impregnado uma característica que não é muito agradável, mas infelizmente o Brasil se destaca. O que há de revelar-se não é algo novo, e sim, de muito tempo atrás. Um comportamento fora da órbita da ética que mesmo tentando se mascarar ainda está presente em grande escala. Pode ser lamentável e até se criar uma visão ou atitude pacificadora para amenizar a situação, com por exemplo, a lei que foi estabelecida em 1951 que optou por recusar de hospedar, atender, servir ou receber clientes que possuíam algum tipo de descriminação ou preconceito sobre cor ou raça, "Lei Afonso Arianos".
Não é à toa que temos o Brasil como referência. Podemos achar que o racismo não seja algo abusrdo a ponto de inteferir ao trabalho do negro. Mas isso não passa despercebido, pois, segundo O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 63,7% dos brasileiros acham que a raça determina a qualidade de vida dos cidadãos, principalmente no trabalho (71%).
Em meio a essa realidade, otimistas obtêm uma imagem positiva, mesmo ao redor da crise. Imagens que possam pacificar a situação, e que mostram que o Brasil escapou do racismo. Mas infelizmente, é um mito vivido por muitos, pois, o racismo prevalece por trás. Pode ser detido por uma máscara, a democracia racial. O fato dela ter essa definição é pela realidade; o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada afirma que 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca sentiram-se descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo. Por fim, 70% dos brasileiros que vivem na miséria são negros ou pardos. Com esses dados vê-se que o chamado “mito da democracia racial” não se deve apenas as pessoas de cor ou raça diferente dos negros, mas também do cidadão que, mesmo sofrendo ou que já tenha sofrido discriminação racial, se oprime, e muitas das vezes diz que não é vítima dessa realidade, e acaba sendo passado despercebido.
Esses fatos ficam mais visíveis quando começam a ser vistos os dados e números, entre ocorrências de violência e casos de racismo, em 2012 o número de jovens negros mortos por homicídio foi 3 vezes maior que o número de brancos. Pesquisas realizadas pelo PRVL (Programa de Redução da violência letal), do observatório de favelas. Após mapear 160 programas governamentais de prevenção à violência, desenvolvido em duas regiões do país com o objetivo direto a redução de homicídios constatou que apenas 8% tinham ações voltadas para negros, sendo que essa taxa de homicídio contra as mulheres negras chegou a até 11,9% no ano de 2003 a 2013.

2.1 O racismo em diferentes estados do país
Segundo o índice de vulnerabilidade juvenil (IVJ)-violência e desigualdade racial, um indicador inédito que mostra que a criminalização e a violência tem maior cor. Apontando que em uma escala de 0 a 1 os estados do Brasil mais atingidos pela violência e desigualdade racial são: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Ceará em uma escala acima de 0,500. E os estados que estão em uma escala mais controlada são Rio grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e o Distrito federal, com um percentual abaixo de 0,300.
Esse mesmo indicador aponta que o Nordeste é a região com maior distância entre a taxa de homicídios de negros e brancos. O risco de um jovem negro ser assassinado no nordeste é 4 vezes maior que a de um jovem branco. Os dados de homicídios que foram obtidos do sistema de informações de mortalidade (ministério da saúde) indicam que o único estado onde um jovem branco corre mais risco de ser assassinado que um negro é o Paraná.

 2.2 a desigualdade nas favelas

Rita Izsák (Relatora Especial das Nações Unidas sobre Minorias) durante uma visita a uma favela observou o impacto da presença de uma unidade de polícia pacificadora (UPP). Apesar de contribuir para a redução de crimes, a relatora criticou o fato do organismo ser a única inciativa na favela. Também vale ressaltar que 75% da população carcerária do país é composta por negros.
A política de “guerra as drogas” do estado brasileiro é marcada por “ambiguidades”, que permitem a policiais criminalizar com determinado perfil étnico social. Enquanto, em algumas situações os negros encontrados portando drogas são acusados com crimes mais sérios como tráfico, entre outros. Um branco na maioria das vezes, apenas recebe uma advertência.
Um grande problema que agrava a população desfavorecida é na questão da educação, mostrando que a população branca tem 8,8 anos em média de estudo, já a população negra tem uma taxa de 7,2 anos. Essa situação já foi bastante diferente e mais impactante. No ano de 1997 a população branca estudava em média a 6,7 anos e os negros a apenas 4,4.
O analfabetismo entre negros e brancos sofre uma grande diferença tendo entre os negros uma faixa de 11,5% e contendo entre os brancos 5,2%. Um método que já foi criado para amenizar esse tipo de desigualdade social contra os negros foi o sistema de cotas. Sistema inventado em 1960 nos estados unidos. No brasil eles usam esse sistema para unificar a oportunidade de ensino dos jovens negros, já que no pais a reserva de vagas em universidades são consideradas ilegais. As instituições levam em consideração a qualidade socioeconômica do indivíduo para o recrutamento de jovens estudantes. Esse sistema também foi proposto por algumas instituições, não só para negros, mas também para indígenas, já que também são uma população bastante desfavorecida economicamente na sociedade. As cotas deixam grandes desavenças em algumas pessoas que criticam o sistema pelo fato delas acharem que possa diferenciar os jovens um dos outros, e não os julgando pela sua capacidade de aprendizado. Tema que também já cria uma grande distância da população brasileira de chegar à tão prometida democracia racial.

3.conclusão

Temos em entendimento um problema que se passa bastante despercebido no corpo social, e que, sem a conscientização correta na sociedade, talvez nunca alcance seu objetivo, que é a igualdade de direitos. É pela realidade vista em diversos temas, e analisando os fatos propostos por pesquisas e dados que chegamos a um discernimento. Tendo um pouco mais de cautela no cotidiano para observar que essas situações que degradam a sociedade tão silenciosamente, o meio social talvez consiga sair desse caso tão ignorante, mas tão perigoso que é o racismo.

4. Referências


Um comentário:

  1. A política de “guerra as drogas” do estado brasileiro é marcada por “ambiguidades”, que permitem a policiais criminalizar com determinado perfil étnico social. Enquanto, em algumas situações os negros encontrados portando drogas são acusados com crimes mais sérios como tráfico... = https://nacoesunidas.org/brasil-violencia-pobreza-e-criminalizacao-ainda-tem-cor-diz-..
    o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada afirma que 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca sentiram-se descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no Brasil,...= https://www.todamateria.com.br › História

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