Racismo no Brasil X Democracia racial
Autores: Daniele Negreiros
Edeildes Santos
Emile Santos
João Paulo Teixeira
Lucas Souza
“O racismo é a prova do quanto
ainda somos primitivos.” (César Jihad).
RESUMO
Vivemos um mito no Brasil no qual se diz que não se existe mais racismo
ou discriminações, e que a grande maioria da sociedade não tem nenhum tipo de
pensamento racista. Nesse artigo teremos de forma dinâmica e de fácil
entendimento, informações que nos mostram que essa realidade da existência da
democracia racial está muito longe de ser alcançada, como essas ações
prejudicam a população que sofrem ou já sofreram algum tipo de racismo, e como
chegar a alguma solução ou amenização deste problema social que agrava não só o
Brasil, mas como todo o globo.
Palavras chave- Racismo. Desigualdade.
Preconceito. Preconceito de cor.
ABSTRACT
We live a myth in Brazil in which it is said
that there is no more racism or discrimination, and that the great majority of
society does not have any kind of racist thinking. In this article we will have
a dynamic and easily understood information that shows us that this reality is
very far from being achieved, as these actions physically and mentally harm
people who suffer or have already suffered some kind of racism, and how to come
to some solution or Mitigation of this social problem that aggravates not only
Brazil, but also the whole globe.
Key worlds- Racism. Inequality.
Preconception. Race prejudice.
1.Introdução
Ao decorrer da história, infelizmente tivemos
que vivenciar uma desigualdade racial ao redor do mundo. Essa desigualdade
surge através da falta de conhecimento tida por muitos, que achavam que os
negros eram inferiores simplesmente pela diferença da cor da pele. Mas esse
problema ainda não acabou na nossa sociedade, melhor dizendo, aqui no Brasil.
Apesar de muita coisa ter sido conquistada pelos negros, ainda há muito a se
fazer.
O racismo que se cria na mente das pessoas
pode-se vir de diferentes formas. Desde a criação do indivíduo, ou até mesmo
pode ser adquirida por ações alheias que os levam a ter este pensamento.
Existem muitos aspectos que influenciam a pessoa mal conscientizada a ter
racismo. Podemos falar por exemplo, da questão religiosa, já que os africanos
que foram trazidos pra cá tinham crenças diferentes dos brancos. Assim se cria
uma discriminação religiosa e cultural que só propaga no pensamento dessas
pessoas a discriminação racial. Indo a fundo em pesquisas e dados, pode-se
facilmente obter uma noção do quanto isso agrava o nosso cotidiano, e como ainda
essa situação passa despercebido pela sociedade.
2. O racismo no Brasil ainda é presente
No mundo é impregnado uma característica que
não é muito agradável, mas infelizmente o Brasil se destaca. O que há de
revelar-se não é algo novo, e sim, de muito tempo atrás. Um comportamento fora
da órbita da ética que mesmo tentando se mascarar ainda está presente em grande
escala. Pode ser lamentável e até se criar uma visão ou atitude pacificadora
para amenizar a situação, com por exemplo, a lei que foi estabelecida em 1951
que optou por recusar de hospedar, atender, servir ou receber clientes que
possuíam algum tipo de descriminação ou preconceito sobre cor ou raça,
"Lei Afonso Arianos".
Não é à toa que temos o Brasil como referência. Podemos
achar que o racismo não seja algo abusrdo a ponto de inteferir ao trabalho do
negro. Mas isso não passa despercebido, pois, segundo O Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), 63,7%
dos brasileiros acham que a raça determina a qualidade de vida dos cidadãos,
principalmente no trabalho (71%).
Em meio a essa realidade, otimistas obtêm uma imagem
positiva, mesmo ao redor da crise. Imagens que possam pacificar a situação, e
que mostram que o Brasil escapou do racismo. Mas infelizmente, é um mito vivido
por muitos, pois, o racismo prevalece por trás. Pode ser detido por uma máscara,
a democracia racial. O fato dela ter essa definição é pela realidade; o Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada afirma que 93% dos entrevistados admitiram o
preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca sentiram-se
descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no
Brasil, mas apenas 10% admitiram tê-lo. Por fim, 70% dos brasileiros que vivem
na miséria são negros ou pardos. Com esses dados vê-se que o chamado “mito da
democracia racial” não se deve apenas as pessoas de cor ou raça diferente dos
negros, mas também do cidadão que, mesmo sofrendo ou que já tenha sofrido
discriminação racial, se oprime, e muitas das vezes diz que não é vítima dessa
realidade, e acaba sendo passado despercebido.
Esses fatos ficam mais visíveis quando começam a ser
vistos os dados e números, entre ocorrências de violência e casos de racismo, em 2012 o número de jovens negros mortos por homicídio
foi 3 vezes maior que o número de brancos. Pesquisas realizadas pelo PRVL
(Programa de Redução da violência letal), do observatório de favelas. Após
mapear 160 programas governamentais de prevenção à violência, desenvolvido em
duas regiões do país com o objetivo direto a redução de homicídios constatou
que apenas 8% tinham ações voltadas para negros, sendo que essa taxa de homicídio
contra as mulheres negras chegou a até 11,9% no ano de 2003 a 2013.
2.1 O racismo em diferentes estados do país
Segundo o índice de
vulnerabilidade juvenil (IVJ)-violência e desigualdade racial, um indicador
inédito que mostra que a criminalização e a violência tem maior cor. Apontando
que em uma escala de 0 a 1 os estados do Brasil mais atingidos pela violência e
desigualdade racial são: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Ceará em uma escala
acima de 0,500. E os estados que estão em uma escala mais controlada são Rio
grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e o Distrito federal,
com um percentual abaixo de 0,300.
Esse
mesmo indicador aponta que o Nordeste é a região com maior distância entre a
taxa de homicídios de negros e brancos. O risco de um jovem negro ser
assassinado no nordeste é 4 vezes maior que a de um jovem branco. Os dados de
homicídios que foram obtidos do sistema de informações de mortalidade (ministério
da saúde) indicam que o único estado onde um jovem branco corre mais risco de
ser assassinado que um negro é o Paraná.
2.2 a
desigualdade nas favelas
Rita Izsák (Relatora Especial das Nações Unidas sobre
Minorias) durante uma visita a uma favela observou o impacto da presença de uma
unidade de polícia pacificadora (UPP). Apesar de contribuir para a redução de
crimes, a relatora criticou o fato do organismo ser a única inciativa na
favela. Também vale ressaltar que 75% da população carcerária do país é
composta por negros.
A política de “guerra as drogas” do estado brasileiro é
marcada por “ambiguidades”, que permitem a policiais criminalizar com
determinado perfil étnico social. Enquanto, em algumas situações os negros
encontrados portando drogas são acusados com crimes mais sérios como tráfico,
entre outros. Um branco na maioria das vezes, apenas recebe uma advertência.
Um grande problema que agrava a população desfavorecida é na
questão da educação, mostrando que a população branca tem 8,8 anos em média de
estudo, já a população negra tem uma taxa de 7,2 anos. Essa situação já foi
bastante diferente e mais impactante. No ano de 1997 a população branca
estudava em média a 6,7 anos e os negros a apenas 4,4.
O analfabetismo entre negros e brancos sofre uma grande
diferença tendo entre os negros uma faixa de 11,5% e contendo entre os brancos
5,2%. Um método que já foi criado para amenizar esse tipo de desigualdade
social contra os negros foi o sistema de cotas. Sistema inventado em 1960 nos
estados unidos. No brasil eles usam esse sistema para unificar a oportunidade
de ensino dos jovens negros, já que no pais a reserva de vagas em universidades
são consideradas ilegais. As instituições levam em consideração a qualidade
socioeconômica do indivíduo para o recrutamento de jovens estudantes. Esse
sistema também foi proposto por algumas instituições, não só para negros, mas
também para indígenas, já que também são uma população bastante desfavorecida
economicamente na sociedade. As cotas deixam grandes desavenças em algumas
pessoas que criticam o sistema pelo fato delas acharem que possa diferenciar os
jovens um dos outros, e não os julgando pela sua capacidade de aprendizado.
Tema que também já cria uma grande distância da população brasileira de chegar
à tão prometida democracia racial.
3.conclusão
Temos em entendimento um problema que se passa bastante
despercebido no corpo social, e que, sem a conscientização correta na
sociedade, talvez nunca alcance seu objetivo, que é a igualdade de direitos. É
pela realidade vista em diversos temas, e analisando os fatos propostos por
pesquisas e dados que chegamos a um discernimento. Tendo um pouco mais de cautela
no cotidiano para observar que essas situações que degradam a sociedade tão silenciosamente,
o meio social talvez consiga sair desse caso tão ignorante, mas tão perigoso
que é o racismo.
4. Referências
A política de “guerra as drogas” do estado brasileiro é marcada por “ambiguidades”, que permitem a policiais criminalizar com determinado perfil étnico social. Enquanto, em algumas situações os negros encontrados portando drogas são acusados com crimes mais sérios como tráfico... = https://nacoesunidas.org/brasil-violencia-pobreza-e-criminalizacao-ainda-tem-cor-diz-..
ResponderExcluiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada afirma que 93% dos entrevistados admitiram o preconceito racial no Brasil, mas 87% deles afirmaram nunca sentiram-se descriminados; 89% deles afirmam haver preconceito de cor contra negros no Brasil,...= https://www.todamateria.com.br › História